REN cumpre Plano Estratégico 2021-24 em ano desafiante

• Segurança de abastecimento energético garantida em ano de guerra, seca e sem geração a carvão
• EBITDA e Resultado Líquido crescem 5,7% e 15.0% respetivamente 
• Operação internacional com impacto muito positivo
• Fontes renováveis representam 49,4% do consumo de energia elétrica
• Emissões de CO2 recuam 37% face a 2019

A REN - Redes Energéticas Nacionais apresentou um resultado líquido de 111,8M€ em 2022 (+15.0% vs 2021), fruto da melhoria do desempenho operacional, que beneficiou o EBIT em 8,7% para os 238M€. Este resultado foi parcialmente impactado pela redução dos resultados financeiros (-1,4M€), uma maior carga fiscal (+2,2M€) e um aumento na Contribuição Extraordinária para o Setor Energético (+1M€), refletindo o aumento da base de ativos regulados.

O EBITDA cresceu 5,7%, para 487,3M€, como resultado da melhoria das receitas da atividade doméstica (por via da subida da taxa regulada de rentabilidade dos ativos que está indexada às taxas de juro) e de um desempenho positivo da atividade no Chile. A dívida líquida (excluindo os desvios tarifários) registou uma redução de 3,3% para 2.543M€.

Em 2022 houve um aumento na base de ativos regulados (RAB), embora se tenha registado uma desaceleração nas transferências para RAB e do CAPEX em relação 2021, resultante de atrasos em alguns projetos.

O consumo de energia elétrica em Portugal com origem renovável representou 49,4% do total da oferta (aproximadamente -10,27p.p. que em 2021). O consumo de eletricidade aumentou 1,8%. O consumo de gás natural diminuiu 3,2%, apesar das centrais de ciclo combinado terem sido chamadas para compensar o fim da geração a carvão e a significativa redução de produção hidro-elétrica resultante da seca extrema que afetou o país até finais de 2022.

Os níveis de qualidade de serviço mantiveram-se muito elevados, com as perdas no transporte de energia elétrica em linha com o valor do ano anterior. No transporte de gás combinado, a taxa de disponibilidade atingiu os 100%.

Apesar dos desafios que o setor da energia enfrenta atualmente, a REN cumpriu com todos os objetivos estipulados no Plano Estratégico 2021-2024, destacando-se, além da performance operacional e financeira, os compromissos ESG. Dentro destes, destaque para a redução das emissões de CO2 em 50% até 2030, face a 2019 (-37% em 2022).

Tendo em conta os resultados de 2022, o Conselho de Administração da REN vai propor, na Assembleia Geral de Acionistas a realizar no dia 27 de abril, o pagamento de um dividendo de 15.4 cêntimos por ação, sendo que 6.4 cêntimos foram pagos em dezembro de 2022 e os restantes 9 cêntimos a ser pagos este ano de 2023.